Entre os dias 3 e 14 de outubro, os alunos do 6.º ano apresentaram Cadavre Exquis, uma exposição que reuniu um conjunto de desenhos coletivos, realizados nas primeiras aulas da disciplina de educação visual, e que ocupou o corredor das salas de artes – 2.º ciclo – do Colégio.
O cadavre exquis é um jogo coletivo de imaginação, praticado pelos surrealistas nos anos 20 do século passado. O movimento surrealista francês – movimento literário, filosófico e artístico – inaugurou o método cadavre exquis, que subvertia o discurso criativo convencional. No Dictionnaire Abrégé du Surréalisme de 1938, André Breton e Paul Éluard definiram o cadavre exquis como um “Jogo de papel dobrado que consiste em compor uma frase ou um desenho por várias pessoas sem que nenhuma delas possa ter em conta as colaborações precedentes.” O que deu o peculiar nome ao jogo foi a primeira frase assim obtida: “cadavre exquis boira le vin nouveau”.
Este exercício cria um diálogo visual entre diferentes partes, que, ao articularem-se entre si, dão sentido ao todo. O cadavre exquis fornece a cada aluno a expressão individual através de uma construção coletiva.
No Colégio, o jogo do cadavre exquis é uma tradição das aulas de educação visual. Este ano, a experiência originou vinte composições ou cadáveres – a designação adotada em aula – que integraram esta exposição e que nos desafiaram pela sua qualidade estética e técnica.
